Numa discussão júnior-sénior 50/50 em plena Plaza Mayor veio à baila a simplificação que muito povo português faz quando se refere a situações que envolvem dificuldade / requerem desenvoltura. Volta e meia, tendo essa ideia fresca na cabeça, sem grande dificuldade constatamos que conversas não se aprofundam porque "é complicado"; começamos a não tentar tornar concreto e organizado um qualquer episódio nosso por pura preguiça mental... e porque, questionados, (exactamente) é complicado, e desorganizado.
Ainda sobre os factores que vislumbro superficialmente para que tanta gente (eu muitas vezes incluído) utilize tal expressão, faço uma breve referência ao factor "desejabilidade social e sinónimos". Mesmo que eu saiba que posso evitar a exposição da minha intimidade dizendo "é custoso", vou dizer "é complicado", sob pena de me olharem e, provavelmente, ostracizarem (a tal propósito, ouça-se "Ãh" de Gabriel O Pensador).
Mas é errado! Que os sinónimos proliferem! E mesmo que sejamos barrados numa pergunta que se calhar fizemos mais por boa educação do que por interesse puro, que ouçamos "é complexo". Também não é interessante por aí além mas é um começo. Se o vosso problema (quem quer que leia este blog) é ser olhado de lado porque disseram uma palavra que não vem no dicionário diário do vosso grupo de amigos, notem que ao dizerem uma palavra que substitua o "complicado", com essa substituta não vem obrigatoriamente um pombo gordo look. Encham-se de simplicidade e modéstia e digam o que querem significar. Não se encham é demasiado, ao ponto de parecer que têm 14 sinónimos para cada expressão original (pelos padrões da juventude de hoje) que usam. Aí são ostracizados na hora!
Para dar um empurrãozinho, ficam uns sinónimos do (a abolir) "é complicado" e um extra very related:
- é complexo;
- é obscuro;
- é incompreensível;
- é confuso;
- é intrincado;
- é labiríntico.
Para "é difícil":
- é laborioso;
- é moroso;
- é penoso;
- é dificultoso;
- é fatigante;
- é ímprobo;
- é duro;
- é árduo.
PS 1: não sou tão viajado como os meus dois posts até à data possam fazer crer
PS 2: espero que a Denise Richards leia este post
domingo, 29 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Lucky Number 13
Como qualquer ser humano, atrai-me a possibilidade de se ganhar muito dinheiro muito rapidamente. Os casinos podem ser muitas vezes encarados como a wonderland para adultos em que é possível ganhar quantidades incríveis de dinheiro (muitas vezes se faz num par de horas o que muita gente faz num mês). também é preciso referir que isso acontece a cerca de 1/10 (se tanto) das pessoas que se encontram num casino, assim, por cada um que efectivamente está a ganhar, estão outras nove almas penadas a gastar o dinheiro que têm e não têm perseguindo o sonho de conquistar a Santa FORTUNA.
Geralmente esse sonho torna-se num pesadelo, é uma espiral descendente, porque quanto mais queremos ganhar, mais apostamos e de uma forma genérica quanto mais apostamos, mais perdemos. É fácil entender porque existe uma quantidade significativa de pessoas viciadas no jogo e porque os casinos estão sempre cheios, o casino possuiu o melhor slogan todos os tempos "Dou-te a oportunidade de entrares pobre e saíres rico" mas como sempre, cegos pela ambição e ganância esquece-mo-nos de ler as letras pequenas: "ou então, irás dar-me (de livre vontade) tudo aquilo que tens, hipotecar a casa e vender a mulher".
É engraçado como um ser racional funciona num casino, em primeiro lugar sabe que um casino não tem perdas e sabe que a probabilidade de jogar e perder é infinitamente superior à probabilidade de ganhar, mas mesmo assim agarra-se a essa ínfima probabilidade com unhas e dentes, em segundo lugar, inicia-se todo o tipo de superstições absurdas em relação à sorte e ao aleatório... Em último lugar e o meu preferido são os auto-intitulados "jogadores profissionais", ora esta rara e interessante raça defende que consegue prever números (no caso da roleta), isto é, através de cálculos numéricos consegue determinar qual o número que irá sair. A meu ver isto é no mínimo engraçado,pois, a probabilidade de sair o mesmo numero 50 vezes é igual à probabilidade de esse número não sair durante 50 jogadas!
Mas não me levem a mal eu adoro o jogo, poker, roleta, black jack etc. Mas ao entrarmos num casino temos de ter presente a mais importante premissa nesta área -- THE HOUSE ALWAYS WINS!
Geralmente esse sonho torna-se num pesadelo, é uma espiral descendente, porque quanto mais queremos ganhar, mais apostamos e de uma forma genérica quanto mais apostamos, mais perdemos. É fácil entender porque existe uma quantidade significativa de pessoas viciadas no jogo e porque os casinos estão sempre cheios, o casino possuiu o melhor slogan todos os tempos "Dou-te a oportunidade de entrares pobre e saíres rico" mas como sempre, cegos pela ambição e ganância esquece-mo-nos de ler as letras pequenas: "ou então, irás dar-me (de livre vontade) tudo aquilo que tens, hipotecar a casa e vender a mulher".
É engraçado como um ser racional funciona num casino, em primeiro lugar sabe que um casino não tem perdas e sabe que a probabilidade de jogar e perder é infinitamente superior à probabilidade de ganhar, mas mesmo assim agarra-se a essa ínfima probabilidade com unhas e dentes, em segundo lugar, inicia-se todo o tipo de superstições absurdas em relação à sorte e ao aleatório... Em último lugar e o meu preferido são os auto-intitulados "jogadores profissionais", ora esta rara e interessante raça defende que consegue prever números (no caso da roleta), isto é, através de cálculos numéricos consegue determinar qual o número que irá sair. A meu ver isto é no mínimo engraçado,pois, a probabilidade de sair o mesmo numero 50 vezes é igual à probabilidade de esse número não sair durante 50 jogadas!
Mas não me levem a mal eu adoro o jogo, poker, roleta, black jack etc. Mas ao entrarmos num casino temos de ter presente a mais importante premissa nesta área -- THE HOUSE ALWAYS WINS!
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Das vistas curtas no planeamento urbano
Independentemente da intensidade das minhas colaborações para este blog, pelo menos o primeiro texto tem de trazer à tona algum tema que me seja querido, me irrite ou os dois. O tema das ciclovias mal paridas comporta as duas qualidades. Desde que andei por Madrid e Barcelona que não consigo pensar noutra coisa. Havia ditadura em Portugal e havia ditadura em Espanha, mas as concepções de uma e outra sobre o património a edificar e a disposição do mesmo é TOTALMENTE DISCREPANTE. O esplendoroso e confortável contrapõe-se ao acanhado desembaraço.
Em Barcelona e Madrid reinam as ruas largas, as avenidas imperiais; há espaço, em simultâneo, pós casalinhos andarem de mãos dadas, um poste de iluminação e uma cadeira de rodas eléctrica (espero que estas ocupam mais espaço). Há Espaço. Os desvios e cedências não são rotina. E essa concepção de espaço é alargada às faixas de rodagem que têm espaço para albergar em total segurança bicicletas numa ciclovia e carros e lambretas em convivência respeitosa na estrada propriamente dita.
Em Lisboa reinam os estacionamentos em segunda fila e as ciclovias que se estendem por 30 metros (salvam-se os sprinters e os fumadores em processo inicial de mudança de hábitos); impera o caminhar em 2D, para dar passagem ao transeunte que se cruza connosco e no qual não nos queremos roçar, legitimamente.
Quanto às ciclovias em particular, confesso-me adepto da ideia. Mas da ideia realizada de forma consistente. Passei hoje por Benfica e a estrada à frente da Junta de Freguesia tem umas marcações idiotas no meio do chão (espero que inicias e/ou provisórias) com uma largura nada adequada a principiantes por duas razões possíveis: se ainda andarem com rodinhas não têm espaço para praticar naquele local em particular ou então, se já passaram a fase do apoio circular, têm que obrigatoriamente andar numa linha recta perfeita, porque não há espaço para enganos ou desiquilíbrios, e se decidirem que há levam com um retrovisor na costela esquerda.
As ciclovias querem-se como em Espanha. Não é possível? Compreende-se. Adaptemo-nos. Faça-se algo decente ou não se faça de todo. Os lisboetas já se tinham habituado a arriscar a vida pelo meio de condutores idiotas ou durante 400 metros entre Campo Grande e Entre Campos de qualquer maneira.
Em Barcelona e Madrid reinam as ruas largas, as avenidas imperiais; há espaço, em simultâneo, pós casalinhos andarem de mãos dadas, um poste de iluminação e uma cadeira de rodas eléctrica (espero que estas ocupam mais espaço). Há Espaço. Os desvios e cedências não são rotina. E essa concepção de espaço é alargada às faixas de rodagem que têm espaço para albergar em total segurança bicicletas numa ciclovia e carros e lambretas em convivência respeitosa na estrada propriamente dita.
Em Lisboa reinam os estacionamentos em segunda fila e as ciclovias que se estendem por 30 metros (salvam-se os sprinters e os fumadores em processo inicial de mudança de hábitos); impera o caminhar em 2D, para dar passagem ao transeunte que se cruza connosco e no qual não nos queremos roçar, legitimamente.
Quanto às ciclovias em particular, confesso-me adepto da ideia. Mas da ideia realizada de forma consistente. Passei hoje por Benfica e a estrada à frente da Junta de Freguesia tem umas marcações idiotas no meio do chão (espero que inicias e/ou provisórias) com uma largura nada adequada a principiantes por duas razões possíveis: se ainda andarem com rodinhas não têm espaço para praticar naquele local em particular ou então, se já passaram a fase do apoio circular, têm que obrigatoriamente andar numa linha recta perfeita, porque não há espaço para enganos ou desiquilíbrios, e se decidirem que há levam com um retrovisor na costela esquerda.
As ciclovias querem-se como em Espanha. Não é possível? Compreende-se. Adaptemo-nos. Faça-se algo decente ou não se faça de todo. Os lisboetas já se tinham habituado a arriscar a vida pelo meio de condutores idiotas ou durante 400 metros entre Campo Grande e Entre Campos de qualquer maneira.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Devaneio do Dia
Melodramas,falsas esperanças e hipérboles...
Coisas que criam ilusões que não passam disso mesmo. ENGANOS
Coisas que criam ilusões que não passam disso mesmo. ENGANOS
AAIEP
A Associação Académica do Instituto de Estudos Políticos da UCP nasceu!Apesar de não possuir papel directo na sua formação, fico muito satisfeito pelos alunos deste instituto finalmente possuírem uma associação digna desse nome.
Depois de 3 anos de birras e parvoíces já não precisamos das restantes associações da Universidade e isso enche-me de orgulho.
É de referir que as pessoas que estão à frente da AAIEP são pessoas muito capazes e trabalhadoras que levarão este instituto às noites de devaneio mais impressionantes (não que fosse necessária uma associação para tal fim,mas ajuda).
Portanto, parabéns a todos os que tornaram isto possível e a todos aqueles que irão beneficiar da associação...
God save the Queen, Lord Sword and AAIEP.
Referências: www.aaiep.blogspot.com
Depois de 3 anos de birras e parvoíces já não precisamos das restantes associações da Universidade e isso enche-me de orgulho.
É de referir que as pessoas que estão à frente da AAIEP são pessoas muito capazes e trabalhadoras que levarão este instituto às noites de devaneio mais impressionantes (não que fosse necessária uma associação para tal fim,mas ajuda).
Portanto, parabéns a todos os que tornaram isto possível e a todos aqueles que irão beneficiar da associação...
God save the Queen, Lord Sword and AAIEP.
Referências: www.aaiep.blogspot.com
Devaneios & Deambulações
Devaneios e deambulações são geralmente auto-explicativos, mas para o caso de existirem dúvidas, este será o espaço livre para as mais parvas expressões do meu pensamento, já que se as tentar na oralidade posso provocar pessoas que se levam demasiado a sério!
Como tal prefiro o refúgio nerd do meu computador e esperar que não me dêem uma sova no dia seguinte.
Existe a possibilidade de contributos e sim isso seria fixe!
Aqui fala-se de tudo, de futebol a política, de música a videojogos e claro do bar de Direito!
Pronto acho que é tudo..
Como tal prefiro o refúgio nerd do meu computador e esperar que não me dêem uma sova no dia seguinte.
Existe a possibilidade de contributos e sim isso seria fixe!
Aqui fala-se de tudo, de futebol a política, de música a videojogos e claro do bar de Direito!
Pronto acho que é tudo..
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