Ao finalizar o secundário à noite, sim porque a matemática nunca foi o meu forte, estudei um grande autor que causou uma impressão bastante razoável no meu ser. O seu nome é Friedrich Wilhelm Nietzsche e a obra que li foi a "Origem da Tragédia". Ora, nesta obra o autor divide o ser humano em duas partes essenciais e personifica-as em dois deuses gregos para um melhor entendimento. Estes deuses são Apolo e Dionísio. Sendo que Apolo representa a luz, o conhecimento e em última instância a razão, paradoxalmente, temos Dionísio. Este é o equivalente a Baco, Deus do deboche, do lazer e tem como máxima o prazer. Nietzshe defendia que não devemos ser extremistas, isto é, nem seguir demasiado Apolo, nem seguir demasiado Dionísio, no entanto, há uma parte da obra que achei genial, apesar de não saber exactamente o que o autor descreve, é algo deste género: se realmente quiseres seguir um Deus, segue Dionísio, vives a vida sem remorsos e a embriaguez é uma das formas em que podemos aproximar-nos do Universo.
Desculpem a seca, mas o ponto a que quero chegar (já disse isto uma vez, mas nunca é demais) é que não vale mesmo a pena pensarmos demasiado, sermos demasiado racionais, pois perdemos tudo aquilo que é natural e instintivo. Concordo que a embriaguez de uma forma moderada e em boa companhia consegue transmitir-nos sentimentos que talvez se tornem únicos e irrepetíveis. Claro que o excesso é errado, sou contra todo o tipo de extremismos, no extremo, nada é bom.
Muitas vezes nem é necessário qualquer tipo de influência externa, (podemos estar embriagados de diversas formas) basta desligarmos um pouco a nossa razão, esquecermos o nosso individualismo e sermos humanos com falhas e defeitos.
Acho que este é mesmo o meu desejo para 2010, voltarmos a ser humanos com personalidade e deixarmos de ser iguais a todos os outros.
Exemplo: Conta as pessoas que conheces, conta os verdadeiros amigos que tens.
"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura "
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