segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Sobriedade e Estupidez

Sei que este titulo não parece fazer grande sentido, mas lá está, será que é suposto? O que é sentido? Uma linha lógica de raciocínio? Razão,a última fronteira daquilo que é humano, aquela coisinha que nos dá direito a fazer tudo aquilo que queremos. Porquê? Porque o facto de pensarmos, aliás, raciocinar-mos faz-nos sentir tão importantes e melhores que tudo o resto...
No entanto, e as paixões? vícios? fraquezas? instintos?
Menosprezamos tudo aquilo que faz de nós originais e preferimos o genérico, esquecemos o que é verdadeiro e palpável, pelos sonhos de racionalidade. Mas o que nos traz a racionalidade? Pensamento? Intelecto? Sim até pode ser, então vamos pensar sobre os sentimentos em vez de senti-los? NÃO!! Vamos errar, vamos arriscar, vamos perder! Isso sim é ser humano!
A força da Razão libertadora tornou-se numa prisão sensorial, e agora? Todos somos escravos de uma ideia, de um conceito, muitas vezes de conceitos que sabemos em teoria, porque não achámos relevante experimentar, tornámos-nos insensíveis, automáticos, inteligentemente estupidificados, porque simplesmente temos medo de sentir, pensar é mais seguro.
Eu digo basta! BASTA de sermos escravos daquilo que pensamos, vamos dizer o que nos vai na alma, vamos sentir a dor de um amigo, saborear um beijo ou abraço, deliciar-mo-nos com a presença de alguém especial, sentir o que é verdadeiro e não aquilo que construímos mentalmente, vamos ser originais e autênticos, vamos ser HUMANOS e não SOBRE-HUMANOS, ter defeitos e virtudes, ter personalidade e integridade, errar e aprender, arriscar e viver!
Acredito na razão, mas não na extrema racionalidade, acredito na paixão, mas não na obsessão!
O vosso humilde revolucionário sensorial...

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